TEMA: Guerra do
Paraguai
Nossa aula foi:
9ºA,sexta-feira,
28 de fevereiro de 2025 .
9ºB,sexta-feira,
28 de fevereiro de 2025 .
EIXO TEMÁTICO
O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX.
HABILIDADES
(EF09HI01) Descrever e contextualizar os principais aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da emergência da República no Brasil.
OBJETIVOS DE CONHECIMENTOS
A Proclamação da República e seus primeiros desdobramentos:
CONTEÚDO
Aspectos sociais, culturais, econômicos, ideológicos e políticos do final do Império
METODOLOGIA:
Os objetivos da aula são:
Identificar o contexto histórico da Guerra do Paraguai, suas causas e consequências.
Compreender as diferentes versões historiográficas sobre o conflito.
Analisar a participação do Brasil e o impacto da guerra no continente sul-americano.
Refletir sobre as estratégias militares e os principais confrontos durante a guerra.
Reconhecer a importância do conflito na história política e social da América do Sul.
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Explicar o tema da aula e os objetivos a serem alcançados.
Apresentar brevemente a Guerra do Paraguai, destacando a participação do Brasil e a importância do conflito.
Entregar o texto "Guerra do Paraguai: o maior conflito sul-americano" aos alunos.
Solicitar a leitura coletiva do texto, destacando os trechos mais importantes.
Explicar as três versões historiográficas: tradicional, revisionista e neorrevisionista.
Propor a discussão em grupos sobre as possíveis causas do conflito e as versões historiográficas apresentadas no texto.
Estimular os alunos a compartilharem suas opiniões e a refletirem sobre a participação do Brasil no conflito.
Utilizar o quadro ou recursos audiovisuais para explicar as principais batalhas e estratégias militares, como a Batalha de Riachuelo e a Batalha de Humaitá.
Discutir o impacto dessas batalhas no desfecho da guerra.
Propor a reflexão sobre as consequências da guerra para o Paraguai e o Brasil, destacando o saldo populacional e econômico do conflito.
Reforçar a importância do diálogo e da diplomacia na resolução de conflitos.
Material Utilizado: Seduc GO, Revisa 9º Ano, Primeiro Bimestre
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA🎒
Elaborar uma redação em que o aluno deve explicar as diferentes versões historiográficas sobre a Guerra do Paraguai e apontar qual delas considera mais plausível, justificando sua resposta com base no texto.
🔖ATIVIDADE AVALIATIVA FLEXIBILIZADA🎒
Para alunos com déficit intelectual que sabem ler:
Solicitar que os alunos escolham uma das versões historiográficas apresentadas (tradicional, revisionista ou neorrevisionista) e expliquem, em poucas frases, o que entenderam sobre ela.
Para alunos com déficit
intelectual que não sabem ler:
Apresentar imagens relacionadas às principais batalhas da Guerra do Paraguai e pedir que os alunos identifiquem e escolham a imagem que representa o momento mais importante do conflito, explicando oralmente com o apoio do professor.
MATERIAL:
Guerra do Paraguai: o maior conflito sul-americano – REVISA 1º Bimestre
1. Travada entre Paraguai, Brasil, Uruguai e Argentina, a Guerra do Paraguai ocorreu entre os anos 1864 e 1870 e é considerada o maior confronto do continente sul-americano em proporções de números de mortos. Passados mais de 150 anos do conflito, ainda hoje existem diferentes versões do que de fato foi a causa da guerra. Será que a Inglaterra estava por trás desse plano em virtude do medo de que o Paraguai se tornasse uma superpotência? Ou, quem sabe ainda, será que o desejo expansionista de Solano Lopez – ditador e presidente paraguaio – foi a fagulha que acendeu este embate?
A guerra do Paraguai e suas diferentes versões
2. Mais de um século depois do fim do confronto diferentes correntes historiográficas discorrem sobre o que de fato foi o estopim para que a guerra implodisse na América do Sul. A começar pelo nome do conflito, até hoje os Paraguaios costumam tratá-la como sendo a Guerra da Tríplice Aliança, em alusão a união que foi constituída nos trópicos pelo Brasil, Uruguai e Argentina. Já em terras tupiniquins, o termo mais usual para se referir ao conflito é Guerra do Paraguai, ou ainda, a Guerra das Quatro Nações. De 1990 para cá, a compreensão e a leitura do que de fato gerou o confronto mudou bastante em virtude do trabalho de historiadores brasileiros e uruguaios que tiveram acesso a um material que até então nunca haviam sido avaliados. Diante desse cenário, hoje é possível encontrar três versões historiográficas diferentes: a tradicional, a revisionista e a neorrevisionista.
Tradicional
3. Esta versão muito popular até a década de 1960, tratava a guerra de uma forma bastante simplória, resumindo todo o conflito ao desejo expansionista territorial do ditador Solano Lopez, desprezando outros fatos e eventos importantes ocorridos neste período. Revisionista Antes da guerra o Paraguai era tido como uma potência econômica da região – essa versão foi desmentida também posteriormente com estes novos documentos – o que incomodava de certa maneira os ingleses, os quais por causa desses fatores econômicos, teriam agido em conluio com os brasileiros e argentinos para que estes declarassem guerra ao Paraguai. Essa versão predominou no Brasil dos anos 1960 até meados da década de 1990.
Neorrevisionista
4. Esta versão do conflito trata da perspectiva de que a guerra ocorrera por conflitos regionais, pela livre navegação no Rio Paraguai além da delimitação de territórios entre os países, visto que na segunda metade do século XIX o Paraguai buscava legitimar o posto de terceira potência – o Brasil e a Argentina eram as outras duas – do continente sul-americano.
Nossa aula foi:
9ºA,
9ºB,
O nascimento da República no Brasil e os processos históricos até a metade do século XX.
(EF09HI01) Descrever e contextualizar os principais aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos da emergência da República no Brasil.
A Proclamação da República e seus primeiros desdobramentos:
Aspectos sociais, culturais, econômicos, ideológicos e políticos do final do Império
Os objetivos da aula são:
Identificar o contexto histórico da Guerra do Paraguai, suas causas e consequências.
Compreender as diferentes versões historiográficas sobre o conflito.
Analisar a participação do Brasil e o impacto da guerra no continente sul-americano.
Refletir sobre as estratégias militares e os principais confrontos durante a guerra.
Reconhecer a importância do conflito na história política e social da América do Sul.
Para tanto, nos serviremos da seguinte estrutura de aula:
Explicar o tema da aula e os objetivos a serem alcançados.
Apresentar brevemente a Guerra do Paraguai, destacando a participação do Brasil e a importância do conflito.
Entregar o texto "Guerra do Paraguai: o maior conflito sul-americano" aos alunos.
Solicitar a leitura coletiva do texto, destacando os trechos mais importantes.
Explicar as três versões historiográficas: tradicional, revisionista e neorrevisionista.
Propor a discussão em grupos sobre as possíveis causas do conflito e as versões historiográficas apresentadas no texto.
Estimular os alunos a compartilharem suas opiniões e a refletirem sobre a participação do Brasil no conflito.
Utilizar o quadro ou recursos audiovisuais para explicar as principais batalhas e estratégias militares, como a Batalha de Riachuelo e a Batalha de Humaitá.
Discutir o impacto dessas batalhas no desfecho da guerra.
Propor a reflexão sobre as consequências da guerra para o Paraguai e o Brasil, destacando o saldo populacional e econômico do conflito.
Reforçar a importância do diálogo e da diplomacia na resolução de conflitos.
Material Utilizado: Seduc GO, Revisa 9º Ano, Primeiro Bimestre
Elaborar uma redação em que o aluno deve explicar as diferentes versões historiográficas sobre a Guerra do Paraguai e apontar qual delas considera mais plausível, justificando sua resposta com base no texto.
Para alunos com déficit intelectual que sabem ler:
Solicitar que os alunos escolham uma das versões historiográficas apresentadas (tradicional, revisionista ou neorrevisionista) e expliquem, em poucas frases, o que entenderam sobre ela.
Apresentar imagens relacionadas às principais batalhas da Guerra do Paraguai e pedir que os alunos identifiquem e escolham a imagem que representa o momento mais importante do conflito, explicando oralmente com o apoio do professor.
Guerra do Paraguai: o maior conflito sul-americano – REVISA 1º Bimestre
1. Travada entre Paraguai, Brasil, Uruguai e Argentina, a Guerra do Paraguai ocorreu entre os anos 1864 e 1870 e é considerada o maior confronto do continente sul-americano em proporções de números de mortos. Passados mais de 150 anos do conflito, ainda hoje existem diferentes versões do que de fato foi a causa da guerra. Será que a Inglaterra estava por trás desse plano em virtude do medo de que o Paraguai se tornasse uma superpotência? Ou, quem sabe ainda, será que o desejo expansionista de Solano Lopez – ditador e presidente paraguaio – foi a fagulha que acendeu este embate?
A guerra do Paraguai e suas diferentes versões
2. Mais de um século depois do fim do confronto diferentes correntes historiográficas discorrem sobre o que de fato foi o estopim para que a guerra implodisse na América do Sul. A começar pelo nome do conflito, até hoje os Paraguaios costumam tratá-la como sendo a Guerra da Tríplice Aliança, em alusão a união que foi constituída nos trópicos pelo Brasil, Uruguai e Argentina. Já em terras tupiniquins, o termo mais usual para se referir ao conflito é Guerra do Paraguai, ou ainda, a Guerra das Quatro Nações. De 1990 para cá, a compreensão e a leitura do que de fato gerou o confronto mudou bastante em virtude do trabalho de historiadores brasileiros e uruguaios que tiveram acesso a um material que até então nunca haviam sido avaliados. Diante desse cenário, hoje é possível encontrar três versões historiográficas diferentes: a tradicional, a revisionista e a neorrevisionista.
Tradicional
3. Esta versão muito popular até a década de 1960, tratava a guerra de uma forma bastante simplória, resumindo todo o conflito ao desejo expansionista territorial do ditador Solano Lopez, desprezando outros fatos e eventos importantes ocorridos neste período. Revisionista Antes da guerra o Paraguai era tido como uma potência econômica da região – essa versão foi desmentida também posteriormente com estes novos documentos – o que incomodava de certa maneira os ingleses, os quais por causa desses fatores econômicos, teriam agido em conluio com os brasileiros e argentinos para que estes declarassem guerra ao Paraguai. Essa versão predominou no Brasil dos anos 1960 até meados da década de 1990.
Neorrevisionista
4. Esta versão do conflito trata da perspectiva de que a guerra ocorrera por conflitos regionais, pela livre navegação no Rio Paraguai além da delimitação de territórios entre os países, visto que na segunda metade do século XIX o Paraguai buscava legitimar o posto de terceira potência – o Brasil e a Argentina eram as outras duas – do continente sul-americano.
SLIDES
O que gerou o conflito?
5. Para entender melhor sobre as causas que levaram ao conflito, é importante que se esclareça o contexto regional desse período. Durante os anos de 1850 o então presidente Paraguaio Carlos Antonio López criou uma série de obstáculos a navegação dos navios brasileiros no Rio Paraguai, que era visto como crucial para o Império brasileiro tendo em vista que os caminhos por terra eram bastante precários e demorados, o que tornou o Rio Paraguai fundamental para consolidar o acesso ao Mato Grosso. As constantes ameaças do Império ao vizinho Paraguaio – conhecidos como Guaranis – fez com que os países selassem um acordo em abril de 1856, que garantia ao Brasil a livre navegação desse rio. Mesmo com o tratado, os paraguaios continuavam dificultando as navegações das naus brasileiras, estremecendo cada vez mais a relação entre os países. De um lado os paraguaios tentavam ganhar tempo para preparar suas tropas para possíveis conflitos com os brasileiros e argentinos. Do outro, os brasileiros temiam fazer qualquer tipo de concessão que ameaçasse a manutenção do território de Mato Grosso. A relação piorou de maneira definitiva a partir do ano de 1862 com a posse de Solano Lopez como presidente paraguaio e com a aproximação do governo com os federalistas argentinos que, mais tarde, deu origem a aliança deste grupo com paraguaios e uruguaios integrantes do Partido Blanco.
O que gerou o conflito?
5. Para entender melhor sobre as causas que levaram ao conflito, é importante que se esclareça o contexto regional desse período. Durante os anos de 1850 o então presidente Paraguaio Carlos Antonio López criou uma série de obstáculos a navegação dos navios brasileiros no Rio Paraguai, que era visto como crucial para o Império brasileiro tendo em vista que os caminhos por terra eram bastante precários e demorados, o que tornou o Rio Paraguai fundamental para consolidar o acesso ao Mato Grosso. As constantes ameaças do Império ao vizinho Paraguaio – conhecidos como Guaranis – fez com que os países selassem um acordo em abril de 1856, que garantia ao Brasil a livre navegação desse rio. Mesmo com o tratado, os paraguaios continuavam dificultando as navegações das naus brasileiras, estremecendo cada vez mais a relação entre os países. De um lado os paraguaios tentavam ganhar tempo para preparar suas tropas para possíveis conflitos com os brasileiros e argentinos. Do outro, os brasileiros temiam fazer qualquer tipo de concessão que ameaçasse a manutenção do território de Mato Grosso. A relação piorou de maneira definitiva a partir do ano de 1862 com a posse de Solano Lopez como presidente paraguaio e com a aproximação do governo com os federalistas argentinos que, mais tarde, deu origem a aliança deste grupo com paraguaios e uruguaios integrantes do Partido Blanco.
SLIDES
Países sul-americanos e o contexto político regional
6. No período dos anos de 1860 a América do Sul vivia um momento tanto quanto delicado. É necessário entender o contexto de alguns países para compreender melhor a Guerra do Paraguai.
Uruguai
7. Desde a independência do país, os uruguaios sofreram com interferências externas dos países vizinhos, principalmente do Brasil. Vale lembrar que na época muitos brasileiros habitavam a região e usavam o solo do país para criação do gado, que à posteriori seria vendido no Brasil. O contexto político uruguaio nessa época era constituído por dois partidos: os blancos – normalmente atrelados aos grandes proprietários de terras – e os colorados – do qual normalmente faziam parte os comerciantes de Montevidéu.
Argentina
8. No ano de 1862 Bartolomé Mitre assume a presidência do país contando com o apoio de Venâncio Flores – presidente uruguaio por dois mandatos – e do partido dos colorados do Uruguai. Para mostrar sua força, Mitre articulou ações para que fosse dificultada a navegação na Bacia do Rio da Prata, atingindo em cheio os interesses paraguaios. Não se demorando na resposta, os paraguaios, por sua vez, decidem levar suas exportações para o Uruguai, não utilizando mais os portos argentinos. Vale lembrar que o Paraguai não dispunha de uma saída para o Oceano Atlântico, portanto necessitava de portos em países vizinhos para escoar sua produção. Em 1861, os uruguaios, que estavam sob comando dos blancos, decidiram por criar um imposto que seria aplicado na exportação do gado para o Brasil, além de impedir que os gaúchos fizessem o uso de mão de obra escrava em terras uruguaias. Este foi o pano de fundo para que os gaúchos cobrassem do governo brasileiro uma atitude para corrigir esta situação. A resposta do governo veio por meio do apoio prestado ao ex-presidente uruguaio Venâncio Flores que representa a figura de líder do partido colorado, mas que estava na situação de refugiado na Argentina. Venâncio Flores retornou ao seu país de 1863 para retirar os blancos do poder, e em troca, havia prometido garantir os interesses do Brasil em seu país. É com este cenário que a Guerra do Paraguai ficava cada vez mais próxima de ocorrer.
Países sul-americanos e o contexto político regional
6. No período dos anos de 1860 a América do Sul vivia um momento tanto quanto delicado. É necessário entender o contexto de alguns países para compreender melhor a Guerra do Paraguai.
Uruguai
7. Desde a independência do país, os uruguaios sofreram com interferências externas dos países vizinhos, principalmente do Brasil. Vale lembrar que na época muitos brasileiros habitavam a região e usavam o solo do país para criação do gado, que à posteriori seria vendido no Brasil. O contexto político uruguaio nessa época era constituído por dois partidos: os blancos – normalmente atrelados aos grandes proprietários de terras – e os colorados – do qual normalmente faziam parte os comerciantes de Montevidéu.
Argentina
8. No ano de 1862 Bartolomé Mitre assume a presidência do país contando com o apoio de Venâncio Flores – presidente uruguaio por dois mandatos – e do partido dos colorados do Uruguai. Para mostrar sua força, Mitre articulou ações para que fosse dificultada a navegação na Bacia do Rio da Prata, atingindo em cheio os interesses paraguaios. Não se demorando na resposta, os paraguaios, por sua vez, decidem levar suas exportações para o Uruguai, não utilizando mais os portos argentinos. Vale lembrar que o Paraguai não dispunha de uma saída para o Oceano Atlântico, portanto necessitava de portos em países vizinhos para escoar sua produção. Em 1861, os uruguaios, que estavam sob comando dos blancos, decidiram por criar um imposto que seria aplicado na exportação do gado para o Brasil, além de impedir que os gaúchos fizessem o uso de mão de obra escrava em terras uruguaias. Este foi o pano de fundo para que os gaúchos cobrassem do governo brasileiro uma atitude para corrigir esta situação. A resposta do governo veio por meio do apoio prestado ao ex-presidente uruguaio Venâncio Flores que representa a figura de líder do partido colorado, mas que estava na situação de refugiado na Argentina. Venâncio Flores retornou ao seu país de 1863 para retirar os blancos do poder, e em troca, havia prometido garantir os interesses do Brasil em seu país. É com este cenário que a Guerra do Paraguai ficava cada vez mais próxima de ocorrer.
SLIDES
A invasão ao Uruguai
9. Solano Lopez, então presidente do Paraguai, lançou a época a seguinte advertência para o Brasil: não interfiram nos assuntos uruguaios! Porém, de nada adiantou a mensagem enfática do presidente paraguaio. Cansado das sanções impostas pelos uruguaios, o Brasil decide cortar relações com o país e avançar para a conquista das cidades uruguaias. Em setembro de 1864 temos o episódio que deu início a Guerra, quando tropas brasileiras adentram o país em conjunto com os aliados de Venâncio Flores, estabelecendo desta maneira um governo provisório que atendia finalmente aos interesses brasileiros – retirando as sanções que haviam sido impostas. Entretanto, esta atitude serviu como pólvora, e a relação entre estes países fora de forma definitiva comprometida. Não demorou muito até que Solano Lopez ordenasse a sua primeira ofensiva. Em novembro de 1864 o navio a vapor do brasileiro Marquês de Olinda foi capturado enquanto navegava no Rio Paraguai com destino ao Mato Grosso a qual foi então tomada por tropas enviadas por Solano Lopez. O ato seguinte da ofensiva consistia em invadir o Rio Grande do Sul. É então que o nome de Bartolomeu Mitre – presidente argentino – entrou em cena. Isso porque o trajeto que os soldados das tropas paraguaias precisavam fazer para chegar a província brasileira, tornava necessário cruzar a província argentina de Corrientes. Foi então que Bartolomeu Mitre recusou permitir a entrada das tropas paraguaias em seu solo, o que fez com que Solano Lopez declarasse guerra ao país, ordenando o envio de 22 mil soldados para atacar a Argentina. Diante desse cenário, o governo brasileiro propôs a Argentina e ao Uruguai a assinatura do tratado que ficou conhecido como Tratado da Tríplice Aliança, assinado em 1º de maio de 1865, o qual estabelecia como condição o fornecimento de recursos para lutar contra o Paraguai. O que se viu a seguir foram sangrentos embates.
Os principais conflitos
10. Apesar do exército brasileiro ser de pouco mais de 18 mil homens – em comparação com os mais de 60 mil paraguaios – a guerra serviu para unir pela primeira vez, pessoas de todas as classes e regiões do brasil, desde escravos, analfabetos e fazendeiros, até gaúchos e paulistas. No entanto, a guerra se arrastou mais do que esperado, isso tudo porque a geografia e o desconhecimento da região dificultavam as ações dos envolvidos. E devido ao número de baixas das batalhas, o Imperador Don Pedro II chegou a criar o programa Voluntários da Pátria, prometendo uma série de benefícios como lotes de terras, dinheiro e a alforria para os escravos que se alistassem. Porém, devido a baixa procura, o governo acabou estipulando que deveria enviar obrigatoriamente um número de pessoas proporcional a sua população.
11. As principais batalhas:
Batalha de Riachuelo (junho de 1865): considerada a batalha mais decisiva da guerra, ela foi vencida pela marinha brasileira, e retomou o controle brasileiro do rio durante a guerra, além de impedir o abastecimento de material bélico para o Paraguai vindos do exterior.
Batalha
de Tuiuti (maio de 1866): a confronto deixou o saldo de mais de 10 mil homens além
disso, ficou marcado pela substituição do general brasileiro Osório pelo
Marques de Caxias, mais conhecido como Duque de Caxias.
Batalha
de Laguna (1867):
soldados brasileiros tentaram neste momento retomar a posse do Mato Grosso que
estava sob domínio dos paraguaios. Porém, sofreram revés pelas tropas do
Paraguaias no que ficou conhecida como a retirada de Laguna. Outro momento
importante do conflito, foi a retirada da Argentina e Uruguai da guerra em
virtude das condições de se sustentarem no conflito.
Batalha
de Humaitá (1868):
momento decisivo para o final da guerra, a conquista da Fortaleza de Humaitá
era tida como a maior posição defensiva. A partir desta derrota, as condições
dos paraguaios foi se deteriorando de maneira definitiva.
Invasão
a Assunção (1869):
após a conquista de Assunção, a guerra chegou próxima do seu final. Isso porque
o Marques de Caxias acreditava que com a conquista de Assunção a guerra estaria
terminada. Porém, o imperador Don Pedro II se negou a negociar Solano Lopez, o
que fez com ele exigisse a caçada do presidente paraguaio. Diante dessas
circunstâncias, o herói da guerra Marques de Caxias se negou a continuar a
caçada a Solano Lopez, e regressou para o Brasil. Em seu lugar, foi nomeado o conde
d’Eu marido da princesa Isabel.
O fim
da Guerra
12. Foi no norte de Assunção no dia 01 de março de 1870, na região de Cerro Corá – quase um ano depois da conquista de Assunção – que o desejo do imperador brasileiro foi finalmente consumado: as tropas brasileiras pegaram Solano Lopez. Porém, ele acabou sendo morto por um soldado conhecido como Chico do Diabo. Esta que foi a maior guerra do continente sul-americano (1864 – 1870) e trouxe como resultado para o lado derrotado um saldo bastante negativo. Os soldados paraguaios no último ano do conflito eram formados por crianças, mulheres e idosos que usavam como armamento pedras, madeira e tijolos. Sobre o número de mortos, não existem dados precisos, mas estima-se que durante o conflito 75% da população paraguaia foi morta, reduzindo sua população de 800 mil habitantes para algo em torno de 190 mil. Além disso, o Paraguai perdeu cerca de 140 mil quilômetros para a Argentina e o Brasil. No lado brasileiro, a guerra custou a vida de aproximadamente 50 mil pessoas, além de uma dívida com os bancos ingleses de aproximadamente 614 mil contos de réis, o que acabou sendo considerado um desastre se analisado do ponto de vista econômico. Mais de um século e meio depois, quando feito uma retrospectiva do conflito, fica evidente o quão danoso ele foi para o Paraguai. Foi somente no ano de 1916, que um presidente conseguiu cumprir um mandato até o final – após seis golpes de Estado. Nesta conta, cabem ainda oito revoluções que acabaram fracassando. As eleições democráticas só chegaram ao país em 1993. No ano de 1999, o presidente Raul Cubas renunciou e em 2012 Fernando Lugo sofreu um impeachment, o que demonstra que a democracia no país ainda é frágil. Não é possível saber quais rumos teriam tomado o Paraguai e a consequente política latino-americana da época caso o conflito tivesse sido evitado. A única certeza que se tem é a de que muitas vidas teriam sido poupadas se essa estratégia tivesse dado lugar aos bons ofícios da diplomacia.
A invasão ao Uruguai
9. Solano Lopez, então presidente do Paraguai, lançou a época a seguinte advertência para o Brasil: não interfiram nos assuntos uruguaios! Porém, de nada adiantou a mensagem enfática do presidente paraguaio. Cansado das sanções impostas pelos uruguaios, o Brasil decide cortar relações com o país e avançar para a conquista das cidades uruguaias. Em setembro de 1864 temos o episódio que deu início a Guerra, quando tropas brasileiras adentram o país em conjunto com os aliados de Venâncio Flores, estabelecendo desta maneira um governo provisório que atendia finalmente aos interesses brasileiros – retirando as sanções que haviam sido impostas. Entretanto, esta atitude serviu como pólvora, e a relação entre estes países fora de forma definitiva comprometida. Não demorou muito até que Solano Lopez ordenasse a sua primeira ofensiva. Em novembro de 1864 o navio a vapor do brasileiro Marquês de Olinda foi capturado enquanto navegava no Rio Paraguai com destino ao Mato Grosso a qual foi então tomada por tropas enviadas por Solano Lopez. O ato seguinte da ofensiva consistia em invadir o Rio Grande do Sul. É então que o nome de Bartolomeu Mitre – presidente argentino – entrou em cena. Isso porque o trajeto que os soldados das tropas paraguaias precisavam fazer para chegar a província brasileira, tornava necessário cruzar a província argentina de Corrientes. Foi então que Bartolomeu Mitre recusou permitir a entrada das tropas paraguaias em seu solo, o que fez com que Solano Lopez declarasse guerra ao país, ordenando o envio de 22 mil soldados para atacar a Argentina. Diante desse cenário, o governo brasileiro propôs a Argentina e ao Uruguai a assinatura do tratado que ficou conhecido como Tratado da Tríplice Aliança, assinado em 1º de maio de 1865, o qual estabelecia como condição o fornecimento de recursos para lutar contra o Paraguai. O que se viu a seguir foram sangrentos embates.
Os principais conflitos
10. Apesar do exército brasileiro ser de pouco mais de 18 mil homens – em comparação com os mais de 60 mil paraguaios – a guerra serviu para unir pela primeira vez, pessoas de todas as classes e regiões do brasil, desde escravos, analfabetos e fazendeiros, até gaúchos e paulistas. No entanto, a guerra se arrastou mais do que esperado, isso tudo porque a geografia e o desconhecimento da região dificultavam as ações dos envolvidos. E devido ao número de baixas das batalhas, o Imperador Don Pedro II chegou a criar o programa Voluntários da Pátria, prometendo uma série de benefícios como lotes de terras, dinheiro e a alforria para os escravos que se alistassem. Porém, devido a baixa procura, o governo acabou estipulando que deveria enviar obrigatoriamente um número de pessoas proporcional a sua população.
11. As principais batalhas:
Batalha de Riachuelo (junho de 1865): considerada a batalha mais decisiva da guerra, ela foi vencida pela marinha brasileira, e retomou o controle brasileiro do rio durante a guerra, além de impedir o abastecimento de material bélico para o Paraguai vindos do exterior.
12. Foi no norte de Assunção no dia 01 de março de 1870, na região de Cerro Corá – quase um ano depois da conquista de Assunção – que o desejo do imperador brasileiro foi finalmente consumado: as tropas brasileiras pegaram Solano Lopez. Porém, ele acabou sendo morto por um soldado conhecido como Chico do Diabo. Esta que foi a maior guerra do continente sul-americano (1864 – 1870) e trouxe como resultado para o lado derrotado um saldo bastante negativo. Os soldados paraguaios no último ano do conflito eram formados por crianças, mulheres e idosos que usavam como armamento pedras, madeira e tijolos. Sobre o número de mortos, não existem dados precisos, mas estima-se que durante o conflito 75% da população paraguaia foi morta, reduzindo sua população de 800 mil habitantes para algo em torno de 190 mil. Além disso, o Paraguai perdeu cerca de 140 mil quilômetros para a Argentina e o Brasil. No lado brasileiro, a guerra custou a vida de aproximadamente 50 mil pessoas, além de uma dívida com os bancos ingleses de aproximadamente 614 mil contos de réis, o que acabou sendo considerado um desastre se analisado do ponto de vista econômico. Mais de um século e meio depois, quando feito uma retrospectiva do conflito, fica evidente o quão danoso ele foi para o Paraguai. Foi somente no ano de 1916, que um presidente conseguiu cumprir um mandato até o final – após seis golpes de Estado. Nesta conta, cabem ainda oito revoluções que acabaram fracassando. As eleições democráticas só chegaram ao país em 1993. No ano de 1999, o presidente Raul Cubas renunciou e em 2012 Fernando Lugo sofreu um impeachment, o que demonstra que a democracia no país ainda é frágil. Não é possível saber quais rumos teriam tomado o Paraguai e a consequente política latino-americana da época caso o conflito tivesse sido evitado. A única certeza que se tem é a de que muitas vidas teriam sido poupadas se essa estratégia tivesse dado lugar aos bons ofícios da diplomacia.
🧠 Metodologia Ativa Sugerida: Sala de Aula Invertida + Role Play (dramatização) + Círculo de Debates
⏱️ Tempo estimado: 2 aulas de 50 minutos
📌 Etapas da Aula
1. Pré-aula (sala de aula invertida) – Tarefa para casa ou leitura prévia
Os alunos recebem o texto com pelo menos 1 dia de antecedência.
Junto ao texto, recebem perguntas guias para reflexão:
Quem foi Solano López?
Por que a guerra foi tão destrutiva para o Paraguai?
Como a guerra afetou o Brasil?
Que lições podemos tirar da guerra em termos de diplomacia?
Qual o papel das crianças e mulheres na fase final da guerra?
2. Início da aula (10 min) – Roda de Conversa Inicial
O professor inicia uma roda de conversa informal:
“O que mais te chamou atenção no texto?”
“Vocês acham que esse conflito poderia ter sido evitado?”
“Quem mais perdeu com essa guerra?”
3. Atividade Principal (25 min) – Role Play “O Tribunal da História”
A turma será dividida em grupos com papéis históricos, como:
Solano López
Soldado brasileiro (Chico do Diabo)
Diplomata neutro
Criança paraguaia que participou da guerra
Jornalista fictício da época
Soldado brasileiro sobrevivente
Economista brasileiro pós-guerra
Cada grupo terá 10 minutos para preparar um depoimento de 1 minuto para um tribunal histórico fictício que julga o impacto da guerra.
Depois, cada grupo apresenta seu personagem com argumentos e emoção.
4. Debate e Reflexão Final (15 min) – Círculo Filosófico
Os alunos formam um círculo e discutem:
“A guerra foi justa?”
“Haveria outro caminho?”
“Ainda vemos hoje consequências dessas guerras?”
O professor atua como mediador, incentivando escuta ativa, respeito às falas e argumentação fundamentada.
📘 Fechamento e Produção Final (opcional)
Propor aos alunos a produção de uma carta fictícia escrita por uma criança paraguaia da época, expressando sentimentos e esperanças.
Ou ainda, um podcast simulado com o título: “Se a guerra não tivesse acontecido...”
🛠️ Materiais necessários
Texto impresso
Cartolinas e canetas para preparar personagens
Celulares com gravação de áudio (caso façam o podcast)
Círculo de cadeiras para o debate
📌 Avaliação formativa
Participação nos debates
Clareza e envolvimento nos papéis
Argumentação baseada no texto
Criatividade e reflexão nas produções finais
✅ Respostas sugeridas – Etapa 1: Leitura prévia do texto
1. Quem foi Solano López?
Solano López foi o presidente do Paraguai durante a Guerra do Paraguai. Ele liderou o país no conflito contra Brasil, Argentina e Uruguai, e acabou sendo morto em combate no dia 1º de março de 1870 por um soldado brasileiro conhecido como Chico do Diabo.
2. Por que a guerra foi tão destrutiva para o Paraguai?
Porque o Paraguai sofreu grandes perdas humanas e territoriais. Estima-se que cerca de 75% da população paraguaia morreu, restando apenas 190 mil pessoas de um total de 800 mil. No fim da guerra, os soldados paraguaios eram crianças, mulheres e idosos, mal armados. Além disso, o país perdeu 140 mil km² de território para o Brasil e a Argentina e passou por décadas de instabilidade política.
3. Como a guerra afetou o Brasil?
O Brasil perdeu cerca de 50 mil soldados e contraiu uma grande dívida com bancos ingleses, de aproximadamente 614 mil contos de réis. Apesar da vitória militar, a guerra foi um desastre econômico. O país também fortaleceu o Exército, o que influenciou mudanças políticas no final do Império.
4. Que lições podemos tirar da guerra em termos de diplomacia?
Que a diplomacia poderia ter evitado um conflito tão sangrento e destrutivo. O texto sugere que muitas vidas teriam sido poupadas se os países tivessem buscado soluções pacíficas ao invés da guerra. O uso do diálogo e da diplomacia é fundamental para evitar tragédias humanas.
5. Qual foi o papel das crianças e mulheres na fase final da guerra?
No último ano da guerra, o exército paraguaio já havia perdido a maioria dos soldados adultos, então crianças, mulheres e idosos passaram a lutar usando armas improvisadas, como pedras, madeira e tijolos. Isso mostra o desespero e o colapso do país diante da invasão.
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